Pus a buscar-me através de escritos meus memoráveis signos nostálgicos de todos os momentos que trazem a mim, a felicidade eterna de um segundo, sob a efêmera constancia do milézimo deste.
Percorri na imensidão colorida dos sonhos ainda presentes, e das recordações palpitantes que sentia, sinto e sentirei. Divaguei diante das sortidas balas de goma, mergulhando por seus sabores dentre as sensações quase que noturnas, mas ainda vespertinas do pôr-do-sol em meio o sopro leve da brisa que toma-me por inteira sem pudor algum.
Num misto de sensações traçando sobre mim mesma, um paralelo de onde passei ou mesmo que jamais o fiz, em transe, calada, dentre os murmurios a volta. Cercada da roda impenetrante, de olhos longinguos quase sempre fechados, de pescoço esguio, cabelos revoltos, tragos e goles. Ali permaneço sob os nós na canção da ausência, sob as entrelinhas distantes que jamais ousei tão fundo decifrar, e que hoje trago de devaneios do passado, o futuro que o acaso me tornou.
Assim conto sob a literalidade de meus pensamentos o cotidiano meu presente, buscando de diversas formas e materiabilidades a mobilidade, dos gestos treinados.
Caminhando sob as cores de outrora resgatando a essência diante o que de mais precioso no presente possuo, valorizei o desconforto do acaso, do não esperado, do não suposto, sob a ilusão conjugal do enlace, dentre prós e contras em meio a tempestade e a bonança do trivial, visando a penumbra do desconhecido, lidando com as escolhas do não destinável, amedrontando assim a monotonia do constante.
E por fim torno do acaso a representação de minhas necessidades demonstrativas, na ilusão da lucidez do imprevisto, buscando a ritimificação de um resgate temático presente sob a atualidade de mim mesma por si só.
Criado para registrar as memórias de Oona Monteiro, artista plástica e fotógrafa contemporânea.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Es Lo Que Tu
Seu sorriso vespertino,
Seus olhares camuflados,
Suas vertigens em seu auto-submundo
rondas por suas noturnas periferias.
Seus olhares camuflados,
Suas vertigens em seu auto-submundo
rondas por suas noturnas periferias.
Murchos Pela Contemporaneidade
O transtorno da sociedade permanece no mal estar contemporâneo do aquém.
No que diz respeito em terceira pessoa talvez eles, talvez nós.
Sob a repúdia do saber, há por ''ão'', divagações insensatas da rédia dos fatores reprodutivos, arredios de contraste.
A arte delimita-se ao saber em massa ou das massas diante o saber, e a imoralidade forçada castra-nos sob a anti-cultura causada dentre o empobrecimento da essência de alma.
No que diz respeito em terceira pessoa talvez eles, talvez nós.
Sob a repúdia do saber, há por ''ão'', divagações insensatas da rédia dos fatores reprodutivos, arredios de contraste.
A arte delimita-se ao saber em massa ou das massas diante o saber, e a imoralidade forçada castra-nos sob a anti-cultura causada dentre o empobrecimento da essência de alma.
Pois - Às
Que digam pois respiro,
respiro emano
regurgito e retomo.
Não restará nada em meio a arte,
que nao teimarei em saber.
respiro emano
regurgito e retomo.
Não restará nada em meio a arte,
que nao teimarei em saber.
Duábil
A indecisão da fala, restringe meu tempo literal,
entre dúvidas, inconclusões na suspeita inerente e controversa,
insaciável da verdade de dorso essencial.
entre dúvidas, inconclusões na suspeita inerente e controversa,
insaciável da verdade de dorso essencial.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Voices Thousand Voices
Predomina sob coro, a reticência de destaque
Ata em vertigens cíclicas
os passos outrora rastejantes
Pausa a fala
Secam-se os lábios
Tonteia o dorso
Elimina-se sob graça
Rasga a ti e fi
Remota sem dizeres os jamais queridos ditos.
Ata em vertigens cíclicas
os passos outrora rastejantes
Pausa a fala
Secam-se os lábios
Tonteia o dorso
Elimina-se sob graça
Rasga a ti e fi
Remota sem dizeres os jamais queridos ditos.
Ellos
Que tanto exclamam dentre os subordinados errantes
Que não respondam
Que se calem
Abominem son o martírio insoluvel do imoral
Que roubem e roubam
o concreto de seus sonhos
sonhados, vividos
apenas sonhos calados.
Que não respondam
Que se calem
Abominem son o martírio insoluvel do imoral
Que roubem e roubam
o concreto de seus sonhos
sonhados, vividos
apenas sonhos calados.
No Trajo de Tu
As lágrimas internas derretem sob meu corpo
Minha sina apavora-me
causa-me putrefação lática
Não há um ombro
algo a acreditar
E pago por pecados alheios
dentre ave marias e pai nossos
Tudo parece-me dilacerante, azedo, amargo
Havendo a preferência de situar-me
em lugar nenhum e todos estes.
Minha sina apavora-me
causa-me putrefação lática
Não há um ombro
algo a acreditar
E pago por pecados alheios
dentre ave marias e pai nossos
Tudo parece-me dilacerante, azedo, amargo
Havendo a preferência de situar-me
em lugar nenhum e todos estes.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Soplo
Sob a memória,
Que por ela tão crente implora
Por cada afago,
enlace celado,
corpo calado,
Segredo latente que por hora
passa-se descrente por meio do agora.
Que por ela tão crente implora
Por cada afago,
enlace celado,
corpo calado,
Segredo latente que por hora
passa-se descrente por meio do agora.
En Los Senos
Ela tão ela viva,
de busca incessante, inerente
sob causa oculta,
instiga olhares despidos
sob ardor que teima em seus seios
seu clamor
dentre os murmúrios dos sabujos tímidos
de outrora casta e canta,
chora amedronta apavora.
de busca incessante, inerente
sob causa oculta,
instiga olhares despidos
sob ardor que teima em seus seios
seu clamor
dentre os murmúrios dos sabujos tímidos
de outrora casta e canta,
chora amedronta apavora.
Su Casa
Sentada
Calada
Mal Dita
Centrada
Encontra-se
Sozinha
Faminta
Desregrada
Distinta
Maturada
Sem olhos
Sob estes
Na Vista
Da Caçada.
Calada
Mal Dita
Centrada
Encontra-se
Sozinha
Faminta
Desregrada
Distinta
Maturada
Sem olhos
Sob estes
Na Vista
Da Caçada.
Labor
O tempo sem tempo contava-me em segundos
Não via o pôr-do-sol
Desprovia-me da magia noturna
e do não tão límpido amanhecer vespertino
Vivia-me em meio e por meio de notas
não mais musicais
mas de que dependiam os sonhos,
Hoje descepados por mim mesma
a plenos pulmões.
Não via o pôr-do-sol
Desprovia-me da magia noturna
e do não tão límpido amanhecer vespertino
Vivia-me em meio e por meio de notas
não mais musicais
mas de que dependiam os sonhos,
Hoje descepados por mim mesma
a plenos pulmões.
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