Me encontro sob as luzes dos holofotes inebriantes, densos de alegria sobre a neblina dos sabujos tímidos ruborizados.
Sentindo-me permaneço entre as misturas dos odores de veraneio, mergulhados na primavera urbana de teor incandescente.
Nos ouvidos surgem roncos de motores, granadas entre o silêncio cortante e a melodia sinfônica das vozes vagantes ao vento,
Vento de briza leve contaminando meus pulmões da nostalgia recente, dos minutos e segundos intermináveis onde encontram o sorriso que aguardara ofegante.
As sirenes dos disturbios nervosos encontram minha ternura em exitação.
Posso ver variados rostos, mas não posso sentir o de minha árdoa espera.
As portas se abrem na sincronia dos passos, seus gemidos fragmentados uivando na linha tênue entre a luz da lua quase negra e a sinfonia dos flashs dos faróis.