quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Alfredo

Entre os gritos internos reinam a dor do amor
talves vencido, apagado, mas latejante sob ardor
Na eternidade vive a espera, morada da esperança
por pouco descrente afogada em meio a bonança
que por pouco não fora apagada.
Preciso dizer que lamentar pela morte
é certo, mas agradecer pelos momentos
inesquecíveis que esta vida me causou é meu relato.

Quem deu vida aos anos próximos de todos,
Quem plantou e cultivou em nossas vidas
as alegrias e virtudes de um grande
comediante italiano,
Que apresentou a nós diversos sabores do Líbano,
mas também churrascos memoráveis,
Que falhava-lhe a memória,
mas jamais seu imenso coração.

Nossa perda é de uma alma singular,
que proporcionou a todos,
um olhar verdadeiro, mas ainda sim
fantasioso de um mundo de contos sob a realidade.
Não há lamentos do que não pudemos ter feito,
mas do que fizemos adoravelmente juntos.


À Alfredo,
Meu avô querido.