
Enquanto meus pensamentos esvaiam-se na penumbra de um dia denso, eu ousava mais uma vez sem sucesso.
Mergulhava sob as entrelinhas das palavras ditas entre os suspiros alcoolicos dos bucolicos boêmios em minha volta.
Sentia a brisa abraçar-me ferosmente sobre o calor intenso de uma tarde qualquer, supostamente obcecada pela vida alheia, sobre os signos e sentidos, numa poética confusa de histeria extrema entre os gritos alheios e os gemidos longinguos, na espera de algo talvez nunca correspondido.
A essência dos goles atavam-me com a brisa da fumaça dos cigarros apagados e acesos.
Acesos de desejos, sem vida, sem rumo.